Preocupação com novas regras de transporte de doentes não urgentes

O Presidente da Câmara Municipal de Vouzela e o Vice-Presidente reuniram com o Presidente da Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vouzela e com o 2º Comandante daquela Associação, no passado dia 27 de Janeiro, a fim de analisarem os efeitos das novas regras de transporte de doentes não urgentes sobre os munícipes de Vouzela.

A legislação aprovada pelo Governo, recentemente, e que entrou em vigor no dia 1 de Janeiro, apenas permite o financiamento de transporte de doentes não urgentes com rendimento inferior a 419€ por mês.

São abrangidos por esta medida os doentes transportados para a realização de fisioterapia, consultas pós-operatórias, tratamentos médicos regulares e transferências entre hospitais.

Assim, desde 1 de Janeiro que este tipo de doentes e que tenham rendimentos superiores a 419€, são obrigados a suportar o respectivo transporte.

Da reunião resultou que, numa primeira análise, entre 20% a 30% das pessoas regularmente transportadas pelos Bombeiros de Vouzela, estão a recorrer a viaturas próprias ou de familiares ou, simplesmente, a desistir dos tratamentos.

No entender do Presidente da Câmara esta é uma situação preocupante. “É preciso saber o que está a acontecer a estas pessoas e em que medida é que a sua saúde está a ser posta em casa”, referiu. “Estabelecer um tecto de 419€ de rendimento mensal não é uma decisão justa. Em primeiro lugar, por que é um rendimento muito baixo e depois porque não tem em conta as especificidades do tratamento e, consequentemente, o número de deslocações e o local para onde as mesmas são realizadas.”

A acrescer a este facto, a Plataforma Electrónica utilizada para a contratualização do transporte está a lançar a maior confusão nos Serviços e os Bombeiros temem pelo não pagamento.

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