Escola e Família são os principais responsáveis pela promoção da igualdade de género

Realizou-se no dia 31 de outubro, à tarde, no Auditório Municipal, o seminário “Educar para a Igualdade de Género”, numa atividade inserida nas comemorações do Dia Municipal para a Igualdade e que se assinalou a 24 de outubro.

A ação teve como principal objetivo promover o debate no campo da educação das (des)igualdades, bem como sublinhar o papel que a Escola e a Família desempenham nos processos de socialização dos/as jovens, nomeadamente na promoção e desenvolvimento de competências pessoais, sociais e profissionais em rapazes e raparigas, de forma a construir uma sociedade ativa, justa, mais livre e mais solidária, em que o acesso efetivo à paridade entre mulheres e homens seja uma realidade sentida e vivida.

Na qualidade de madrinha do Plano Municipal para a Igualdade de Vouzela, Matilde Sousa Franco abriu o seminário realçando o papel das mulheres na sociedade e as mudanças que têm vindo a surgir devido à sua emancipação na vida pessoal e profissional. No entanto, Matilde Sousa Franco refere também que deverá ser produzida mais legislação que proteja as mulheres no mercado de trabalho, como por exemplo uma maior flexibilização no trabalho em part time.

“É também fundamental intervir-se ao nível da Educação, com a criação de disciplinas direcionadas para esta temática”, concluiu Matilde Sousa Franco.

Esta foi também a ideia transmitida por Rosa Oliveira da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG). A técnica explicou que a CIG tem desenvolvido guiões escolares de educação e igualdade de género, os quais têm auxiliado os professores e a comunidade escolar a trabalhar o tema.

Para Rosa Oliveira, a Escola é o meio privilegiado para mudar mentalidades. “Cabe à Escola promover a igualdade de oportunidade e educar para a diferença entre homens e mulheres, contribuindo para a eliminação da discriminação em função do género e consequentemente de relação de intimidade marcada pela desigualdade e pela violência”, rematou.

Também Maria Martins, docente do Agrupamento de Escolas Viseu-Sul, defende que a escolarização é a grande responsável pelas mudanças. No entanto, adverte que cabe à família idêntico papel, “pois será sempre a primeira e a principal responsável pela educação da criança”, sublinha.

Para a docente, a infância é o estágio mais importante para se aprender. “A criança é um altíssimo recetor de estímulos e muito do que se passará no seu futuro estará altamente condicionado por este primeiro período”, referiu.

Maria Martins deixou ainda algumas sugestões ao público presente de como evitar os estereótipos, nomeadamente oferecer a meninos e meninas os mesmos brinquedos e encorá-los a praticar os jogos típicos do sexo oposto.

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