O projecto de requalificação urbana da vila de Vouzela foi apresentado à população na noite de 23 de Setembro, no Auditório Municipal 25 de Abril.
Da responsabilidade do gabinete do arquitecto João Madalena, da Guarda, o projecto permite alterar a face visível da malha urbana de Vouzela, mas também a capacidade que tem para gerar pólos comerciais e culturais na vila.
Segundo o Presidente da Câmara Municipal de Vouzela, Telmo Antunes, trata-se de um trabalho “com muita qualidade e de uma obra que marcará, por largas décadas, a situação e a vida dos habitantes da vila”.
As alterações a efectuar são maioritariamente no centro histórico da vila, com especial enfoque para a Rua Morais de Carvalho que passará a ter apenas o sentido descendente, com corte entre esta via e a Praça Morais de Carvalho, e com o trânsito a fluir pela Rua Comendador Correia de Oliveira. Também a Rua Ribeiro Cardoso, desde a sede da Associação “Os Vouzelenses” até à Praça Morais de Carvalho, será só de sentido ascendente, sendo que o trânsito seguirá pela Rua Aires Gouveia, até à Av. João de Melo.
Por sua vez, a Praça da República será quase toda ela pedonal, com deslocação do Pelourinho para a fronte do Café Central, permitindo assim que quem venha da Av. João de Melo ou da Rua Mouzinho de Albuquerque tenha este símbolo da autoridade municipal como referência visual.
O acesso ao Largo Conde Ferreira pela Rua Barão da Costeira será cortado e neste largo o objectivo será libertar a área, de forma a valorizar o património que está na sua envolvente.
Para compensar os lugares de estacionamento que serão suprimidos com o projecto, será construída uma zona de parqueamento para 40 lugares no centro da vila.
No geral, o projecto foi bem recebido pelos Vouzelenses, com algumas dúvidas levantadas na limitação a um sentido na Rua Morais de Carvalho, pela interrupção de trânsito entre a Praça Morais de Carvalho e a Rua Morais de Carvalho e a possibilidade da escassez de estacionamento.
Telmo Antunes considera que a situação actual da Rua Morais de Carvalho é pior hoje com dois sentidos do que será no futuro com a regulação das cargas e descargas e com o trânsito a fazer-se apenas num sentido. Segundo o autarca, “o projecto de requalificação poderá ser a oportunidade para o comércio tradicional se revitalizar”.
Seguem-se os diversos projectos de execução e o pedido de pareceres a várias entidades.
As obras podem arrancar dentro de dois anos se a autarquia conseguir financiamento na ordem dos 80 a 85% pelo Programa Operacional Valorização do Território.
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