A Câmara Municipal de Vouzela inaugurou no dia 30 de julho a ecopista de Vouzela, uma infraestrutura com cerca de 7km, que liga a zona industrial de Monte Cavalo, em Vouzela, ao limite com o concelho de São Pedro do Sul.
O troço resultou da reutilização da antiga linha do Vale do Vouga, num investimento de oitocentos e cinquenta e sete mil euros, financiado em meio milhão de euros pelo Turismo de Portugal, no âmbito do programa Valorizar, Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior.
Na inauguração, Rui Ladeira, Presidente da Câmara Municipal de Vouzela, lembrou o longo caminho da obra que se iniciou a 18 de maio de 2018, com a assinatura do contrato de compromisso de requalificação da antiga linha do Vouga. “1170 dias depois encontramo-nos aqui para inaugurar este projeto estruturante para o turismo do concelho, um produto diferenciador que alia a prática desportiva e de bem estar ao turismo, sendo fundamental para dinamizar o nosso território e a nossa economia local”, sublinhou.
O presidente da Câmara destacou ainda a “importância da obra que se enquadra na linha estratégica da autarquia” e que permitiu criar em Vouzela projetos concretos ligados à fileira da bicicleta.
Na ocasião, Rui Ladeira defendeu também que o projeto da ecopista “casa com outros” em que o município se envolveu como é o caso do “reconhecimento de nível quatro de vila de excelência que foi agora atribuída a bandeira” e que está ligada à mobilidade suave.
O autarca associou ainda um outro projeto como é o do selo da “Bioesphere Destination” que disse esperar “receber até ao final do ano e que certifica o concelho, o primeiro do país a receber a distinção” ligada à sustentabilidade ambiental e que “vai posicionar a nível internacional o município”.Enaltecendo o potencial da obra, Nuno Martinho, Secretário Executivo da CIM Viseu Dão Lafões, disse que o futuro passa por “ter a ecopista do Vouga ligada à ecopista de Vouzela que permitirá ter uma linha contínua de mais de 155 quilómetros de ecopista na região”.
Apesar de o setor do turismo ter sofrido grandes perdas com a pandemia, Carlos Abade, do Turismo de Portugal, disse esperar que o ano de 2022 marque a retoma. Segundo o responsável, “em 2023, estaremos exatamente no pico em que estávamos em 2019 que, recordo, foi o ano em que estávamos com maiores números no setor do turismo. Isto significa que, além de cuidarmos do presente temos de nos preparar para o futuro e este projeto é uma via para o futuro”, defendeu.
Agora, “o desafio e responsabilidade é o de retirar todo o valor que esta infraestrutura pode tirar” e, para isso, “é preciso saber gerar negócio e criar novas empresas, expandir as que já existem, criar emprego e melhorar a vida das pessoas” e “olhar para esta infraestrutura como algo que pode acrescentar valor ao concelho e à região”, concluiu.
Inauguração do Pastel de Vouzela Museu
O dia 30 de julho marcou também a inauguração de mais um investimento turístico em Vouzela. Trata-se do Pastel de Vouzela Museu, um espaço de divulgação daquele que é o ex-libris da doçaria do concelho. Para além da exposição de peças ligadas ao pastel de Vouzela, o espaço conta ainda com literatura relacionada, fotografias, apresentações em vídeo, sendo também mais um ponto a integrar a Rota do Pastel de Vouzella, promovida pelos proprietários da Casa Museu.
O Pastel de Vouzela Museu está localizado na Casa das Ameias, classificada como imóvel de interesse público, e que em breve será um turismo de habitação e espaço para eventos.
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